segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amores vãos


Turbulências da vida, uma realidade sem cor.
De ser feliz, não entendia, menos ainda de amor.
Levada por arrasto, dentro da alma um vazio.
Cais abandonado, açoitava o vento frio.

Na vida morna, esqueceu a sensação boa de amar.
E numa noite qualquer, alguém veio lhe lembrar.
Deu-lhe um novo motivo, na vida, novo sentido.
Agora renovada, não mais um livro esquecido.

Eram pura expectativa, ansiávam o momento,
Desligavam-se do mundo, puro encantamento.
Paz e emoção assim, nunca pensou existir.
Morreu aquela mulher, que esqueceu de sorrir.

Mas há surpresas, no dobrar de cada esquina.
A mulher que renasceu, chorou feito uma menina.
Cega de olhos abertos, foi preciso muita coragem.
Aceitar que aquele anjo, não passava de miragem.

E como num jogo tolo, diversão sem envolvimento.
Demonstrou claramente não ter nenhum sentimento.
Foi tudo ilusão, carência, qualquer coisa parecida.
E ela que havia se achado, ficou outra vez perdida.

O que desejou apenas? Fazer e ser feliz demais.
Sonhou ser seu amor...Sonhou... Nada mais.
Foi tudo pura ilusão, nada concretizado.
Mas a vida é uma escola, e tudo é aprendizado.

Quem sabe por ironia, outra vez, caminho cruzado.
Ela tenha que lhe dizer, que já não é mais esperado.
Hoje desbravando rumos, com o coração nas mãos.
Aprendeu que nessa vida, amores vêm, "amores vãos"

(Glória Salles)

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