sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Tão sutilmente em tantos breves anos..
Tão sutilmente em tantos breves anos
foram se trocando sobre os muros
mais que desigualdades, semelhanças,
que aos poucos dois são um, sem que no entanto
deixem de ser plurais:
talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida,
o filho que se faz, uma árvore plantada,
o tempo gotejando do telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe
o pó de um cotidiano desencanto.
Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos
que uma em outra pode se trocar,
sem que alguém de fora o percebesse nunca.
confesso que algumas linhas deste poema de Lya Luft, faltaram em minha vida.
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6 comentários:
"que aos poucos dois são um, sem que no entanto
deixem de ser plurais"
Isso é lindo. De fazer emocionar e chorar!!!
Alias, sempre que venho aqui de certa forma me emociono!!
Beijoss
Solange amiga linda, obrigada pela sua doce visita!
Tenha um lindo fim de semana!
Olá, vim deixar um carinho de amiga, com abraços de paz, beijos no teu coração.♥
Olavo Bilac
Natal
Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...
Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.
Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.
No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.
Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,
Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.
FELIZ NATAL!
Que lindos versos...
"que aos poucos dois são um,
sem que no entanto deixem de ser plurais..."
Que mais se pode pedir?
Um beijo.
Olá, amiguinha!
Hoje venho simplesmente desejar-lhe
Um BOM NATAL!
Beijinhoss
Gostei da poesia.
Estou lhe seguindo...
Beijos
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