sábado, 19 de fevereiro de 2011

retirei-me de ti..




Poema Melancólico a não sei que Mulher

Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...

..Miguel Torga..

10 comentários:

JB disse...

Miguel Torga... como gosto desta melancolia versada no seu jeito ímpar!

Bela escolha!

Beijinho

Ana disse...

Lindíssimo.

*

Daíse Lima disse...

Nossa, sem palavras eu fiquei...

Bjo!

Suely Ribella disse...

Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga

Isadora Oliveira disse...

Vc tem uma sensibilidade para poemas eu adoro ler cada um deles um beijos

Anônimo disse...

Sol,


Sou apaixonada pela poesia de Torga.
Esta que você postou é uma das
mais lindas ...


Bjo.

Ana disse...

Irei fazê-lo Solange. Muito obrigado. Mais uma vez tive de ler o poema. É muito bonito.

*

C@uros@ disse...

Olá querida e sensível amiga, que bela e profunda poesia, eu adorei. Sempre bom visitá-la e achar essa pérola que nos encanta. Parabéns e muita paz e harmonia em sua vida.

forte abraço

C@urosa

Valquíria Calado disse...

Olá, vim deixar meu carinho,
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ESTAREI SEMPRE AQUI MARCANDO PRESENÇA,FAÇA O MESMO E ME DE UM OIZINHO, no, http://hanukkalado.blogspot.com/

Rolando Palma disse...

A poesia tem este jeito esvoaçante de dizer as coisas. E existe sempre um vazio e um silêncio na palavra PARTIR...

Tudo de bom para ti,