quinta-feira, 21 de abril de 2011

sacrilégio


encantam-me poemas que falam sobre o inevitável......

Morreu. Brilha na alcova um círio fumarento:
Nua, solto o cabelo, inteiriçada e fria,
Dentro do esquife como um ídolo agourento
Resplandece ao fulgor de acesa pedraria.


O olhar gelado exala um fluido luarento ...
Arde em rolos o incenso; estruge a ventania;
É noite; a neve cai... e um triste encantamento
Circula na mudez da câmara sombria.


Chego, mudo, a tremer, do seu féretro junto,
Desvaira-me o esplendor dessa carne querida,
Seduz-me a tentação do seu corpo defunto...


E o mesmo ardente anelo, o mesmo ideal transporte,
Toda a louca paixão com que eu a amei na vida
Sinto-a com o mesmo ardor na volúpia da morte...

...Victor Silva..

11 comentários:

Cristal de uma mulher disse...

Uma mensagem ezuberante onde o autor convida suas palavras a grades equivocos como votos para vida e para morte dos sentidos.Um relato difício mais celebre,

Te desejo muitas alegrias nesta pascoa amiga linda

Marcos de Sousa disse...

Belíssimos versos...

Uma maravilhosa páscoa para ti.

Beijos

Thami Silva disse...

Solange, querida !

Venho te desejar uma Páscoa belíssima, com muita paz, saúde, felicidades, e um tantinho de chocolates.. rs

Beijos doces..

disse...

Oi Sol!

Frio, duro e poeticamente tenebroso... rsrs
Mas lindo!!

Beijoss

Vilhelm man disse...

Obrigado pela sua visita e comentário Sol:)
Feliz Páscoa com seus entes queridos que você quiser!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Hoje passando para desejar uma Páscoa Feliz,cheia de amor e paz, junto de todos que ama.

Beijinho com carinho
Sonhadora

Anônimo disse...

Sol...

Intenso e lindo poema.

saudades.

beijao

MISSIONÁRIA DIANA disse...

VIM TE DESEJAR
UM SALDAVEL!!!
UM MARAVILHOSO!!!!
UM ABENÇOADO!!!
CHEIO DE MUITA PAZ!!!
FELIZ PÁSCOA!!!
ABRAÇOS, DIANA.

sonho disse...

Encantam te a ti...e encantam me a mim;)
Desejo te uma Santa Pascoa:)
Beijo d'anjo

Álvaro Lins disse...

Belíssimo poema
Bjo

Valquíria Calado disse...

Amar é mesmo um pouco morrer, e dependendo aos pouco matamos, morte de dor sofrida, adquirida na rejeição de não querer amar, ou aceitar ser o amado.