quarta-feira, 25 de maio de 2011

lembrança


em minhas frequentes leituras, encontro poemas que gosto tanto...
este é um deles.

A lua te recordará
a branca noite
em que ela se despiu
e, vermelha,
se fez cúmplice
do nosso amor.

O mar te lembrará
nosso costume
de caminhar nas tardes
até o horizonte,
pois que o mar
também é cúmplice
dos namorados distantes.

E quando vires, amor,
num vão de céu
uma estrela,
tu não chorarás,
porque, então,
aprenderás o meu caminho.

Mas, quando o povo
andar triste pelos becos,
tu saberás do meu luto
e sentirás a dor
da dura separação.

Porém, se a multidão
ensaiar um canto,
tu saberás do meu riso
e nela me encontrarás.


...Oswald Barroso...

7 comentários:

PauloSilva disse...

Muito obrigado Solange :)

Anônimo disse...

Sol,


Não conhecia e achei belíssima ...


Bjo Grande !

Rolando Palma disse...

A "multidão"...são os pensamentos que ousamos expressar em publico. Os outros... esses só para alguns...

Também não conhecia o poema.
Tudo de bom para ti,

MISSIONÁRIA DIANA disse...

QUE PROFUNDO!!! QUE LINDO!

vieira calado disse...

Muita sensibilidade!


bjsss

Francisco Gomes disse...

Sol, valeu pela visita! Impossível não seguí-la!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Um poema maravilhoso, adorei e deixo o meu beijinho carinhoso.

Sonhadora