

é um poema francês traduzido por Guilherme de Almeida.......
estava aqui, em cima de minha mesa do computador...
alguém o deixou aqui.Será quem eu estou pensando??
olhei pra folha de papel, e quando a peguei e comecei a ler o poema, era como ele me dissesse:"Leia-me bem devagarinho, pois estou partindo, morrendo, esvaindo-me; por favor, leia-me devagarinho"......
Ei-lo....O VASO AZUL
O vaso azul destas verbenas, Partiu-o o leque que o tocou:
Golpe sutil, roçou-o apenas, Pois nem um ruído o revelou.
Mas a ferida persistente, Mordendo-o sempre e sem sinal,
Fez, firme e imperceptivelmente, A volta toda do cristal.
A água fugiu calada e fria. A seiva toda se esgotou;
Ninguém de nada desconfia. Não toquem, não, que se quebrou.
Assim, a mão de alguém, roçando Num coração, encheo-o de dor.
E ele se vai, calmo, quebrando. E morre a flor do seu amor;
Embora intacto ao olhar do mundo, Sente, na sua solidão,
Crescer seu mal fino e profundo.Já se quebrou; não toquem não.
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