
quando li este poema, senti uma paz tão grande..uma tranquilidade..um frescor de final de tarde de outono...
Caiu a tarde....Pensativa, a terra
Queda, na prece vesperal de estio.
Perde-se a luz que de mistério encerra
A solidão do matagal sombrio.
Estoura o sol pelos grotões da serra,
Num longo incêndio, pelo céu vazio,
E, abrindo as águas, que o fulgor descerra,
Roncando, a lancha vai subindo o rio.
Suspensa ao longe, entre a montanha e o mar,
A capelinha é flor crepuscular,
Que na penumbra se entrefecha e inclina.
E na silhueta, que se esboça e insiste,
Tudo se encanta e vai ficando triste,
na aparição da noite peregrina.
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