Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
Cecília Meireles
Um comentário:
Olá, querida Sol!
Quero agradecer todas as carinhosas visitas e comentários.
Belo poema!
Não repare a ausência, tenho andado atrapalhada.
Muita paz e luz, minha amiga!
Grande beijo.
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