As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem.
Todos os rumores são postos em surdina,
Todas as luzes se apagam.
Há um grande aparato de câmara funerária
Na paisagem do mundo.
Os homens ficam rígidos,
Tomam a posição horizontal
E ensaiam o próprio cadáver.
Cada leito é a maquete de um túmulo.
Cada sono um ensaio de morte.
No cemitério da treva
Tudo morre provisoriamente.
..Menotti Del Picchia..
3 comentários:
Uma bela escolha poética.
Não conheço nada do autor, mas gostei imenso deste poema.
Solange, obrigado por teres voltado. Já quase não me lembrava de ti. Não sei o que nos aconteceu, mas a verdade é que nos perdemos um do outro...
Tem um bom resto de semana, querida amiga Solange.
Beijo.
olá, poema lindo, os homens ficam rígidos na horizontal, assim como as mulheres, é uma sintonia.
AG
Sol... Aproveitando a insônia pra te visitar...
Bem escolhidos os versos de outros autores!
E a madrugada segue...
Logo amanhece...
Tenha um belo e bom dia!
Bjs.
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